terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Eletricidade

Isso aqui tem horas que parece ate conto. Me desculpem a falta de acentuacao. Nao estou escrevendo em casa e a maior parte dos computadores desse pais simplesmente nao esta configurada para acentos.
Bem, falando de eletricidade aqui eu posso comentar sobre 3 assuntos: as tomadas, os relampagos e a eletricidade estatica.
As tomadas sao quase normais. Isso mesmo, quase... E bastante comum se ter um interruptor como o que liga lampadas para tomadas tambem. Derrepente voce tenta ligar um aparelho e comeca a ficar nervoso pensando que esse aparelho esta quebrado, quando lembra-se do tal interruptor que pode ter sido desligado por acaso. Acho isso meio irritante, mas penso que tem suas utilidades na hora de fazer as criancas pararem de assistir TV.
Outras tomadas nos entanto tem uma especie de protecao. Se passa mais energia do que deveria (para um aparelho domestico) ela aciona uma chave e se desliga so. Pode ser desligada e religada manualmente tambem. Mas ate eu descobrir que as tomadas da cozinha nao funcionavam por causa disso foi um no.
Os relampagos sao outra historia. As vezes eu digo que qualquer chuvisco aqui faz o maior escandalo, e e verdade. E muito comum qualquer chuvinha fazer o maior estrondo, e algumas vezes nem chove mas tem tempestade eletrica. O ceu fica muito bonito, mas essas tempestades sao meio assutadoras tambem. Em Recife nao tinha delas, entao eu fiquei bastante assustada no meu primeiro mes aqui.
A eletricidade estatica merece uma postagem individual... Mas prometo que essa nao vai demorar muito.

domingo, 13 de janeiro de 2008

A saga do marshmallow.

No Brasil eu sempre achei marshmallow um doce borrachudo. Não era um dos meus preferidos, mas isso não me impedia de ir com uma sacolinha cheia deles para dentro do cinema assistir um filme. É um doce que não tem tanto açúcar e eu admito que já tive dor na articulação têmporo-mandibular de tanto mastigar essa inguaria borrachuda.
Quando mudei pra cá, cheguei a comprar um pacote de marshmallows. Mas da mesma forma que no Brasil eu abusei deles na forma como eram servidos. E novamente, fiquei com a boca cansada de tanto mastigar.
Depois de algum tempo morando aqui, fiz uma viagem e nesta uma amiga me falou que tinha muita vontade de comer marshmallows preparados na foqueira. Isso mesmo: todos os desenhos e filmes que mostram uma comida branca sendo preparada no espeto durante o acampamento, não tem nada de queijo, é marshmallow mesmo. Fiquei entusiasmada com a proposta. Provar comidas diferentes já me colocou em más situações, mas tinha certeza de que este não seria o caso.
Na verdade me surpreendi. Eu pensava que preparar o marshmallow na fogueira simplesmente o faria ficar quente, mas na verdade ele fica com uma textura diferente, e adivinhem: ele derrete na boca. Passei a apreciar o doce muito mais. Mas como fazer fogueira aqui não é uma coisa fácil, acabei ficando bastante tempo sem repetir a dose.
No mês passado no entanto, eu descobri mais uma inovadora e deliciosa maneira de apreciar a textura surpreendente do doce. Eu estou trabalhando em uma escola montessori, e a professora líder havia preparado um material especial para o inverno, onde as crianças serviriam chocolate quente com marshmallows para um colega. Esse material rapidamente se tornou um dos mais procurados pela turma, curiosa eu fui preparar o drink em casa. Mais uma surpresa: a textura fica ainda mais cremosa, não apenas derrete na boca, mas lembra bastante o chantilly.
Saudosa da inguaria preparada na fogueira, ao assistir o filme "o casamento dos meus sonhos" vi que em uma cena o mocinho do filme prepara o mesmo doce, não na fogueira da lareira, mas numa vela. Não perdi tempo e copiei. Ficou muito bom.
Comer marshmallows requer um certo conhecimento, pelo menos pra evitar dores causadas pela excessiva mastigação...

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Aventuras gastronômicas parte II - Restaurantes

Dizem as más línguas que Mc Donalds é igual em qualquer lugar do mundo. Isso não posso nem confirmar nem desmentir, fast-food não é o meu forte. Mesmo estando no país natal do Mc Donalds, a última vez que comi estava no Brasil, ou seja, anos atrás. Sobre a famosa e intragável pizza com erva doce, eu já falei no outro dia. Foi um restaurante do aeroporto. Só comi por que o serviço de bordo dentro dos EUA geralmente não inclui comida, no máximo um suquinho. Quando tem, é necessário desembolsar algum dinheiro pra pagar. Mas eu dei azar... desde o café eu estava sem nada no estômago, e já estava no meio da tarde.
Uma das coisas que me chamou atenção nos restaurantes foram os sucos. Na sua maioria são artificiais e com gosto de ontem. No máximo dá pra achar uma limonada "fresh squeezed", ou seja, espremida na hora. Se você for num supermercado e comprar uma garrafa de suco de laranja pronto, corre o risco de pagar o mesmo preço por um galão de suco velho que você está pagando por um copo da mesma qualidade em um restaurante.
A cidade onde eu moro é uma cidade turística. Por esse motivo há restaurantes com comidas típicas de várias partes do mundo, lamento que não há comida brasileira, que dirá nordestina. Mas eu já descobri alguns macetes, e aqui em casa tem tapioca toda semana.
Já provei comida mexicana, taiuanesa, tailandesa, chinesa, italiana... muitos desses tipos de restaurantes internacionais eu havia experimentado em Recife. Mas juro que isso não tornou minhas visitas a esses restaurantes aqui mais normais. É freqüente pedir uma coisa achando que vem uma comida tal, e se apresentar outra bem diferente. As vezes com sabor doce, outras com bastante pimenta. Com o tempo a gente vai se acostumando, mas no começo estranha mesmo.
Uma coisa que aconteceu com meu marido, que me poupou da experiência ao me avisar, foi quanto ao café gelado. Em Recife costumava-mos ir a uma cafeteria chamada Café Cordel que servia deliciosos cafés gelados, que mais pareciam milkshakes com café e mais alguma iguaria do que café em si. Pensando nesses deliciosos drinks, ele foi pedir um café gelado em uma cafeteria aqui, e recebeu nada mais nada menos que um café passado com cubos de gelo dentro do copo.
Hoje em dia eu geralmente vou a restaurantes certos, pra pedir algo que eu já conheço. Continuo provando coisas novas, mas pelo menos não deixo essas experiências matarem minha refeição. Posso dizer que já paguei pra passar fome...