sábado, 17 de novembro de 2007

Roupas

Eu nunca tive dificuldade pra encontrar roupas pra comprar até chegar nesse país. A dificuldade começou quando eu cheguei e estou bem melhor, mas como não é um tipo de atividade que eu faço frequentemente, ainda continuo com algumas dificuldades.
Minha primeira dificuldade foi quanto a questão de adequação de tamanho. Eu saí de um tamanho médio no Brasil pra um pequeno nos EUA. Depois engordei e voltei pro médio, até aí nada de mistérios, o problema foi decifrar os códigos de tamanho: xs, s, m, l, xl e pra terminar xxl. Como que diabos eu ía saber o que eram essas coisas?
Depois de várias visitas as lojas e muita conversa com as vendedoras eu vim a entender do que se tratavam as siglas. Só que a coisa não é tão simples como parece. Não existe só tamanho geral, tem tamanho de largura e de comprimento em calças compridas, embora que isso nunca ajude, pois fui feita em "formato .br." no entanto a grande esmagadora maioria das calças vendidas aqui são "formato .eua". Nos sutiens, existe tamanho de circunferência do tórax e tamanho de peito o que facilita seu trabalho de procura uma vez que se está familiarizado com a nomenclatura.
E a minha pior dificuldade: calcinhas. Estas tem pra todos os gostos e interesses, com exceção do modelo que eu gosto.
Tem calcinha fio-dental, calçola modelo avó (cintura acima da cintura), calçola modelo mãe(cintura na cintura), calcinha modelo pampers (preciso descrever?), modelo shortinho, com elástico, sem elástico, algodão, seda, e "bikini", cuja frente é o dobro do tamanho da parte de trás. Os modelos todos ou tem tecido demais ou de menos... meio termo não chegou ainda nas lojas americanas.
Uma coisa que eu havia me preparado para, era na parte de calçados. Fui nascida e criada usando chinelinho de dedo. De tanto ouvir falar que era difícil de encontrar aqui, acabei trazendo 4 pares na mala. No entanto, chinelinho de dedo é a coisa mais fácil de encontrar aqui! Tem de todas as cores, borrachas, tecidos e enfeites. Coisa de invejar qualquer lojinha de beira de praia no Brasil. E o mais interessante: ela é informal, mas não tanto quanto no Brasil. No meu atual emprego, outro dia fui perguntar a uma das minhas chefes o que eu poderia usar de calçados. E uma das citações foi justamente os chinelinhos de dedos, coisa da qual eu provavelmente vou me aproveitar durante o verão.
O que você pensaria da escola cuja professora de seu filhinho fosse lhe atender usando chinelinho nos pés?
Uma outra coisa que eu tenho dificuldade ainda é com perfumes. Eu me considero uma pessoa olfativa. O cheiro das coisas é uma coisa que sempre me causa impressão facilmente. Blééé! Como os perfumes femininos aqui são doces! Quando passa uma mulher perfumada na sua frente, a maioria das vezes parece que você está perto de uma fábrica de biscoitos ou de bolos. Nesse quesito ainda não consegui me acostumar. Meu perfume está pra acabar e eu parei de usar pois estou com medo de ficar sem, tudo porque não consegui ainda me encontrar nas frangâncias americanas. E olhe que no Brasil eu não saía de casa sem um perfuminho básico.
Será que algum dia eu vou me acostumar?

2 comentários:

Paulo Renato disse...

Outra coisa que mudou aqui é que até na Universidade a gurizada vai de chinelos de dedo, o que seria impensável até poucos anos...

Fabiursa disse...

Na minha época de universidade muita gente já ía de chinelinho rsrsrs.