sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Incêndios.

Hoje de manhã meu marido me contou que quando estava vindo pra casa viu um incêndio a uma quadra daqui. Eu saí de manhã cedinho e quando voltei passei perto do lugar. Nossa... ainda estava a maior fumaça e tinha bombeiro, polícia e um monte de gente perto do lugar.
Daí quando cheguei eu liguei o computador pra checar meus e-mails. Entre eles havia um da Universidade explicando onde exatamente havia sido o incêdio e falando que ele tinha atingido vários apartamentos de estudantes. O e-mail era um pedido de doações... roupas e coisas de banheiro.
Aqueles que saem vivos de um incêndio perdem tudo... casa, roupas, documentos, etc. Vira tudo cinzas... Muito triste isso.
Na Califórnia a coisa tá bem feia. Milhares de pessoas estão desalojadas por causa de incêndios.
Disso tudo eu fiquei pensado e como eu reagiria se isso fosse comigo? Realmente é uma coisa que eu não sei dizer. Agora de noite tá nevando e eu pensando onde estão os moradores do condomínio que foi incendiado a uma quadra daqui. Será que a Universidade está alojando eles? Provavelmente vai sair alguma notícia no jornal de amanhã (os jornais escritos aqui são um pouquinho mais lentos que os do Brasil pra dar notícias e eu não assisto jornais de televisão).
Hoje eu estou triste...

domingo, 21 de outubro de 2007

Será que eu estou no velho oeste?

Na verdade, aqui velho oeste nunca existiu. Eles chamam de "Far West". Alguma semelhança com Faroeste? O velho oeste ficou, mudou, cresceu se modernizou, mas ainda não mudou de lugar.
E justamente nesse lugar que eu vim parar.
Calma! Não existem mais tiroteios no meio da rua marcados para limpar a honra de um homem macho. Mas as belezas ainda podemos observar... Em cidades pequenas você pode conhecer o charme de um Saloon, ou ainda se esbanjar em espaços reservados construído especialmente para a prática da jogatina.
Eu não sou muito dada a frequentar esses lugares, mas tem coisas que simplesmente acontecem que lhe lembram as origens do lugar. Neste final de semana aconteceu, ou melhor uma dessas coisas passou na minha frente. Sem ao menos que eu esperasse. vindo do nada passa na minha frente uma, aliás duas bolinhas de galho rolando no meio da estrada. Sabe que eu nunca havia refletido de que eram feitas aquelas bolinhas que rolavam na rua sempre que havia um duelo de armas de fogo em filmes e desenhos.
São simplesmente galhos de árvore que na secura do outono soltam das árvores e ficam rolando pela estrada quando está ventando bastante.
Nossa! Que susto eu tomei quando vi aquele "troço" passando na frente do meu carro! Eu pensei que eu estava atropelando alguma coisa. Depois foi que eu fiz a relação entre o galho rolando na estrada e o tal rolinho dos filmes de faroeste, que eu sempre imaginava que fossem simples palha, de mato mesmo.
Este foi o meu aprendizado desse fim-de-semana.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Liberdade é não "pagar mico".

Uma das coisas que me chamou atenção aqui, é que as pessoas não sentem vergonha de "pagar mico". Já vi adultos brincando com espadas de brinquedos em uma loja de departamentos cheia de gente, já vi adolescente entrando em carrinho de plástico de brinquedo, já vi gente tomando sol de bikini no meio do parque...
Trazer seu almoço pro trabalho é estimular a inveja dos colegas, levar comida pro zoológico e abrir aquela toalha na grama pra sentar e almoçar é inclusive estimulado pelo próprio parque. Vestir pijama pra fazer compras de supermercado não atrai olhares reprovadores, ir de chinelinho de dedo na balada não te impede de paquerar...
Pedir a caixinha no fim da refeição do restaurante é algo mais do que normal, ninguém te olha estranho se você resolveu usar uma sombrinha no dia ensolarado, se decidiu aprender a usar patins depois de adulto, se usa capacete quando tá andando de bicicleta, se naquele dia achou que uma meia roxa e outra verde ficou combinando...
Usar saia com calça legge por baixo é normal, vestir aquela peça de roupa na rua que você adora e que está com um buraquinho não vai fazer ninguém te olhar vesgo, e se você não está indo ao trabalho, por que todo o trabalho de se arrumar pra ir comprar pão?
E por que é mesmo que tanta gente no Brasil se importa com essas coisas?