sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Compras!!!


Hoje é um dia conhecido como "Black Friday" ou sexta-feira negra. Calma! não tem nada a ver com dia das bruxas, ou dia de azar. Hoje é a abertura oficial da temporada de compras para o Natal.
As lojas abrem de madrugada (algumas passam a noite abertas) com promoções que as vezes duram apenas algumas horas. E o bom consumista que se preze, fica boa parte da madrugada em uma fila de lascar, num frio de botar inveja em pigüim só pra comprar a última novidade tecnológica com um desconto que mais parece estória de pescador.
Mas essa não é a única oportunidade que os grandes consumistas tem de se esbaldar nas compras. Esse é o país do consumo, todos os domingos o jornal vem recheado de propagandas e promoções de encher os olhos de todas as pessoas viciadas em compras, sem falar dos cupons.
É muito comum você ver promoções do tipo: compre um leve um de graça, ou ainda cupons de desconto especial nesse ou naquele produto.
Duas coisas que me surpreenderam com relação as promoções quando eu cheguei aqui: uma é uma coisa chamada rebate e a outra é o matching price.
No rebate, você compra alguma coisa pelo que está em promoção, mas paga o preço integral. Depois você envia seu recibo e um formulário pelo correio e depois de 3 meses recebe um cheque com a diferença do preço promocional de volta. Não sou muito fã desse tipo de promoção, e algumas vezes chega a ser ridícula a diferença. Uma coisa é quando você compra uma coisa mais cara e recebe uns $100 em rebate, outra é quando você compra uma coisa que vale $10 cujo rebate é de $1! Faça-me o favor! Vou gastar quase metade desse dinheiro só com a postagem pra enviar a papelada.
Já o matching price é uma coisa mais camarada. Se você vai numa loja comprar um artigo em promoção e este está em falta, é só levar o folhetinho de propaganda para a loja concorrente e perguntar pelo tal matching price. Eles vão te vender o mesmo produto pelo preço que a concorrente estava vendendo.
Tem horas que é difícil resistir as tentações consumistas nesse país. Sempre dá vontade de comprar aquela bugiganga que está em lançamento em promoção. Deixa eu respirar fundo! Hoje é o dia das tentações...


Foto tirada com minha máquina nova no dia que eu não resisti as tentações!

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Coisas de criança.

A diretora da escola fala mensagem para a escola inteira através do sistema de auto-falantes (com caixas de som espalhados pela escola, inclusive dentro das salas de aula).
Os alunos escutam silenciosamente e depois que acaba a mensagem uma das crianças pergunta:
"What was that?" (O que foi isso?)
Logo em seguida a outra responde:
"That was God!" (Foi Deus!).

sábado, 17 de novembro de 2007

Roupas

Eu nunca tive dificuldade pra encontrar roupas pra comprar até chegar nesse país. A dificuldade começou quando eu cheguei e estou bem melhor, mas como não é um tipo de atividade que eu faço frequentemente, ainda continuo com algumas dificuldades.
Minha primeira dificuldade foi quanto a questão de adequação de tamanho. Eu saí de um tamanho médio no Brasil pra um pequeno nos EUA. Depois engordei e voltei pro médio, até aí nada de mistérios, o problema foi decifrar os códigos de tamanho: xs, s, m, l, xl e pra terminar xxl. Como que diabos eu ía saber o que eram essas coisas?
Depois de várias visitas as lojas e muita conversa com as vendedoras eu vim a entender do que se tratavam as siglas. Só que a coisa não é tão simples como parece. Não existe só tamanho geral, tem tamanho de largura e de comprimento em calças compridas, embora que isso nunca ajude, pois fui feita em "formato .br." no entanto a grande esmagadora maioria das calças vendidas aqui são "formato .eua". Nos sutiens, existe tamanho de circunferência do tórax e tamanho de peito o que facilita seu trabalho de procura uma vez que se está familiarizado com a nomenclatura.
E a minha pior dificuldade: calcinhas. Estas tem pra todos os gostos e interesses, com exceção do modelo que eu gosto.
Tem calcinha fio-dental, calçola modelo avó (cintura acima da cintura), calçola modelo mãe(cintura na cintura), calcinha modelo pampers (preciso descrever?), modelo shortinho, com elástico, sem elástico, algodão, seda, e "bikini", cuja frente é o dobro do tamanho da parte de trás. Os modelos todos ou tem tecido demais ou de menos... meio termo não chegou ainda nas lojas americanas.
Uma coisa que eu havia me preparado para, era na parte de calçados. Fui nascida e criada usando chinelinho de dedo. De tanto ouvir falar que era difícil de encontrar aqui, acabei trazendo 4 pares na mala. No entanto, chinelinho de dedo é a coisa mais fácil de encontrar aqui! Tem de todas as cores, borrachas, tecidos e enfeites. Coisa de invejar qualquer lojinha de beira de praia no Brasil. E o mais interessante: ela é informal, mas não tanto quanto no Brasil. No meu atual emprego, outro dia fui perguntar a uma das minhas chefes o que eu poderia usar de calçados. E uma das citações foi justamente os chinelinhos de dedos, coisa da qual eu provavelmente vou me aproveitar durante o verão.
O que você pensaria da escola cuja professora de seu filhinho fosse lhe atender usando chinelinho nos pés?
Uma outra coisa que eu tenho dificuldade ainda é com perfumes. Eu me considero uma pessoa olfativa. O cheiro das coisas é uma coisa que sempre me causa impressão facilmente. Blééé! Como os perfumes femininos aqui são doces! Quando passa uma mulher perfumada na sua frente, a maioria das vezes parece que você está perto de uma fábrica de biscoitos ou de bolos. Nesse quesito ainda não consegui me acostumar. Meu perfume está pra acabar e eu parei de usar pois estou com medo de ficar sem, tudo porque não consegui ainda me encontrar nas frangâncias americanas. E olhe que no Brasil eu não saía de casa sem um perfuminho básico.
Será que algum dia eu vou me acostumar?

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Escola

Eu estou aqui um verdadeiro bagulhinho. Muito cansada. Tenho estado meio ocupada e por isso peço desculpas aos leitores deste blog pela não atualização do mesmo nas últimas semanas.
O que me fez ficar assim? Ah muitas coisas! Eu estava sem autorização de trabalho no país por uns meses. A autorização que eu tinha anteriormente perdeu a validade, e eu mais uma vez tive que provar que eu tenho condições de me sustentar no país pra poder pegar uma autorização nova... Não me perguntem por que eu tenho que provar isso, não tenho a menor ideia!
Recebi uma nova a algumas semanas e desde então comecei a labuta de procurar um novo trabalho. O antigo estava me esperando, mas simplesmente não queria voltar lá, e eu simplesmente achei outro que estou amando! Estou trabalhando em uma escola.
Sabe que tem várias crianças fofíssimas lá. Eu tenho que fazer um esforço pra não apertar a bochecha de um de vez em quando, mas isso não tem nada de especial. Criança é fofa em qualquer lugar do mundo!
O que é diferente de uma escola aqui de uma escola no Brasil? Bem, de cara que eu tenha notado é o fato de que os alunos não usam farda. Nem nas escolas públicas nem nas privadas das quais eu tenho notícia. O que existe é uma espécie de código de vestimenta que restringe o uso de roupas que não são adequadas. Acho que isso é uma coisa interessante, pois a criança vai aprendendo desde cedo que existe adequação de vestimenta, e que essa não depende de uma determinada roupa que deve ser usada, mas na combinação da mesma.
Outra coisa que eu achei bem interessante é que as escolas em sua maioria são de turno integral: manhã e tarde. Parece um tempo longo, mas as escolas de crianças menores tem horários de dormir depois do almoço. No mais as escolas me parecem iguais as outras: lugares pra aprender e também para se divertir. Quando é horário de intervalo e as crianças estão soltas no parquinho parece até que elas estavam engaioladas antes de tão felizes e agitadas que ficam.
Vou parando por aqui, mas logo logo apareço com um texto novo bem divertido e interessante pra vocês.

sábado, 3 de novembro de 2007

Halloween

Essa semana eu eu estava no centro da cidade no dia do Halloween. Uma loucura! Parecia carnaval sem música, gente andando de um lado pro outro que não acabava mais.
Cada loja colocou uma pessoa na porta distribuindo doces para as crianças fantasiadas que passavam com suas sacolinhas imitando abóbora. Algumas lojas (como não é de se espantar) ao invés de doces distribuíram revistinhas e figuras para colorir com as suas devidas propagandas para a criançada já ir aprendendo como ser um bom consumidor. Pra loja é claro!
A maioria dos adultos estavam vestidos normalmente, mas as crianças estavam todas fantasiadas de alguma coisa. Entre elas vi: bebê-abóbora, menina-perú, menino-dragão, etc. Isso pra não citar as mais comuns como super-heróis, piratas, bichos, e como não podia faltar a ocasião, bruxos e fantasmas.
Nos dois anos anteriores eu simplesmente me diverti distribuindo doces na minha casa. Cada criança que chega tem um jeito diferente e uma surpresa diferente pra mostrar pra gente. Nem que seja a maneira pelo qual bem envergonhadas (ou desavergonhadas) dizem "trick or treat" ou pela falta de tamanho mesmo pra entender que o doce é pra colocar na sacolinha que tem na mão. Nossa! Esse Halloween é uma delícia. Vou sentir bastante falta disso quando voltar ao Brasil.